Ritmos Africanos

Pois é pessoal, numa altura em que os ritmos africanos estão a pegar moda, gostava de vos presentiar com umas pequenas noções de algumas das danças que nós adoramos.

A Kizomba é dos estilos de dança mais populares dos países africanos. Cantada em português ou criolo, é um género musical com um flow romântico misturado com vários ritmos africanos. O estilo dançado de kizomba é também conhecido por ser muito sensual. A kizomba nasceu em Angola, com influências de outros países africanos. É hoje dançada em todo o mundo, nomeadamente em Portugal. É conhecida por ser lenta, insistente, linda, apaixonante, um ritmo sensualíssimo, e ficou conhecido como sendo uma fusão com o semba e com outros ritmos. A kizomba angolana é sentida especialmente nas zonas da comunidade africana como em Lisboa, Porto e arredores onde essas comunidades criaram centros, bares e discotecas com o objectivo de divulgar a kizomba ao país. A kizomba é agora bastante popular para os brancos, que aderem aos locais africanos em grande numero.

O Semba é um tipo de música tradicional de Angola. O semba foi criado a partir de uma junção de vários estilos musicais, sendo os três mais importantes o samba (do Brasil), a kizomba (de Angola, que também pode ser comparado com o Zouk) e Kuduro (de Angola). Bonga foi um dos principais artistas que divulgou o semba, tendo mesmo o estilo sido reconhecido como “world music”. A partir do Semba, o artista conseguira abordar um grande número de emoções. São estas características que fizeram do Semba, o primeiro estilo de música africana a ganhar vida e adeptos pelo mundo. A sua versatilidade é evidente em Africa. Nos funerais ou nas grandes festas sociais africanas. O Semba caracteriza-se como uma dança de passadas. Não é ritual nem guerreira, mas sim dança de divertimento principalmente em festas, dançada ao som do Semba.

O Kuduro é um género de música de Angola, influenciado por outros ritmos como a Sungura, Afro Zouk, Semba e Ragga. A batida do seu ritmo é semelhante à do Afro Zouk e do Funaná, mas num tempo intermédio. As letras são normalmente muito básicas, normalmente escritas em português, inglês ou francês, com sotaque angolano bastante marcado, e muitas vezes com algum vocabulário do Quimbundo (ou Kimbundu). Muito provavelmente o nome Ku-Duru vem do Quimbundo. O kuduro surgiu primeiro como dança e com o passar do tempo evoluiu para estilo musical. É uma dança extremamente energética, sentida e marcada. O kuduro é bastante popular em colónias portuguesas em Africa, mas também nas principais noites africanas de Portugal como no Porto, Lisboa e etc. Muitos portugueses afirmam que as líricas das músicas contêm palavras racistas contra os brancos, isso é tudo muito relativo com o facto de muitas músicas estarem cantadas em criolo que são muitas vezes mal interpretadas. Existem muitos cantores e Dj’s que têm feito a sua carreira construindo batidas de kuduro e canções. Entre eles destaca-se Hélder o rei do Kuduro, angolano e natural de Lisboa. O músico angolano Tony Amado popularizou o Kuduro pelo mundo fora, após ter partilhado opiniões com os melhores Dj’s de Ragga dos Estados Unidos da América. É classificada como uma dança recreativa dançada individualmente ou em grupo. Fusão da música batida, com estilos tipicamente africanos, criados e misturados por jovens Angolanos, entusiastas e impulsionadores do estilo musical, adaptando-se a forma de dançar, soltando a anca para os lados em dois tempos subtilmente, caracterizando o movimento do bailonço duplo. Da dança Sul-Africana denominado " Xigumbaza ", que significa confusão, que era dançada pelos escravos mineiros, enquanto trabalhavam mudos, e surdos só as vozes das botas se faziam ouvir como um canto de revolta, adaptando-se ao estilo musical Kuduro nasce, o Esquema ou Dança da Família. Dança da Família por ser dançado geral em grupo exercitando o mesmo passo várias vezes em coreografia coordenada pelos participantes na dança.

O Funaná nasceu na ilha de Santiago, a mais populosa e onde a presença africana é mais marcante, o funaná é uma música dos camponeses nascida do acordeão. Os instrumentos tradicionais foram substituídos pela guitarra, violas baixo e ritmo, teclado, bateria e pela característica e linda voz de Zeca di nha Reinalda, e com a gravação dos primeiros álbuns, nomeadamente "Mundu ka bu kaba, os mais cépticos, na Praia como em todo o país, aceitam definitivamente essa música. Katchass perderia a vida num acidente de viação durante um fim-de-semana em que músicos de todo o arquipélago debatiam o futuro da sua arte na cidade da Praia mas sua herança é enorme quanto mais não seja por ter contribuído para o reconhecimento do funana. A chegada do zouk e a utilização excessiva dos instrumentos eléctricos nos anos 1990 prejudica parcialmente o funana, que acaba por perder a sua autenticidade durante algum tempo. Mas o quadro altera-se com o surgimento de Ferro Gaita que traz um novo fôlego a este género. Os três membros do grupo (o grupo passou para seis membros anos depois) regressam aos instrumentos tradicionais (ferrinho e gaita) e, da revolução de Katchass, apenas conservam a viola baixo. Mais tarde juntariam a percussão e o búzio. O sucesso é imediato e acaba por beneficiar os músicos tradicionais, novamente no centro das atenções. Nesta dança o homem joga sobre o ritmo uma base andante de longos solos compostos por momentos fortes de pausa / exaltação até ao auge ou "djeta", gritos, exibindo a todos a sua virilidade e dotes de grande bailarinos. O Funaná é conotada como dança de transe.

E estas são só as principais danças africanas que são do conhecimento geral. Existem outras, como a Katukuza e a Kabekula (de Angola), e a Coladera e Morna (de Cabo Verde), entre inúmeras outras dos restantes países africanos, mais tradicionais.

Espero que tenham gostado e, até dia 14 ;)

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